3. ZACARIAS
"Zacarias, seu pai, ficou cheio (plesso) do Espírito Santo e profetizou dizendo: Bendito seja o Senhor Deus de Israel" (Luc.1:67,68).
Zacarias era o pai de João Batista, e havia ficado mudo por ter duvidado das palavras do anjo com respeito ao nascimento de João. Quando sua língua foi solta, ele "ficou cheio" do Espírito Santo e profetizou. Em outras palavras, o "revestimento" do Espírito o capacitou a pronunciar as palavras conhecidas como o Cântico de Zacarias. Em quase todos os lugares onde aparece o verbo Plesso, em seguida encontramos a conjunção "e". O que quer dizer isto? Simplesmente que o enchimento de fora para dentro, tem em vista capacitar a pessoa para a realização de determinada tarefa. Zacarias ficou cheio do Espírito Santo e profetizou dizendo: Bendito seja o Senhor... (vs.67,68).
4. O DIA DE PENTECOSTES
"E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios (plesso) do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem" (Atos 2:3,4).
Esta é uma passagem bastante conhecida dos filhos de Deus. Para muitos cristãos, o que aconteceu no Dia de Pentecostes é a experiência mais elevada da vida cristã. Se um crente prova o que aconteceu naquele dia, ele é considerado maduro, cheio de poder, de vida e frutos. Mas será que é assim mesmo? O que aconteceu realmente no Dia de Pentecostes?
Algumas coisas aconteceram naquele dia, em cumprimento a duas promessas que o Senhor Jesus havia feito. Ele dissera que o Consolador viria para ficar com os discípulos para sempre (Jo.14:16). Em outra ocasião prometeu o revestimento do poder do alto (Luc.24:49), que nada mais era do que o poder do Espírito (At.l:8). E Paulo interpretou, pelo próprio Espírito, outro fato que aconteceu também no Dia de Pentecostes: "Pois por um só Espírito todos fomos batizados em um só corpo" (ICor.12:13). De modo que, se misturarmos estas três coisas, o resultado inevitável será uma interpretação distorcida ou forçada.
O conhecimento dos dois verbos Plesso e Plero nos ajuda sobremaneira numa tal situação. Em atos 2:4 o Espírito Santo usou o verbo Plesso e não Plero. Um dos aspectos do Pentecostes, foi o "enchimento de fora para dentro". Os discípulos foram capacitados a testemunhar pelo Senhor, diante de pelo menos dezesseis nações (At. 2:9-11). Aquelas pessoas eram os chamados prosélitos. Havia uma tarefa a ser realizada, e por isso os crentes foram revestidos com o Espírito Santo. Observe que, novamente encontramos a conjunção "e", indicando a finalidade daquela experiência. Os cento e vinte discípulos abriram suas bocas, e falaram "das grandezas de Deus" (v. 11b), nas línguas de todos aqueles homens.
Devemos lembrar hoje, que o ser cheio no Dia de Pentecostes, estava dentro do contexto de uma experiência "passageira" e vinha de "fora para dentro". Não tinha caráter duradouro, mas momentâneo.
5. PEDRO
"Então Pedro, cheio (plesso) do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e vós, anciãos" (Atos 4 :8).
Nesta passagem Pedro está dirigindo-se aos anciãos e autoridades do povo, falando a respeito da cura do coxo de nascença. Estes homens pretendiam impedir o avanço da obra de Deus em Jerusalém, daí suas ameaças aos servos de Deus. Nesse momento, Pedro é revestido com o Espírito, a fim de responder-lhes com sabedoria e autoridade. Notemos que o verbo usado foi Plesso, indicando algo de fora para dentro.
Se continuarmos a ler o restante do capítulo quatro, veremos o resultado deste revestimento. As respostas de Pedro são sábias, precisas e cheias de autoridade.