Uma praga bastante conhecida dos produtores rurais, que ataca a plantação da mandioca é a Erinnyis ello (uma mariposa da família Sphingidae), conhecida no Brasil como lagarta Mandarová ou Gervão.
No mês de dezembro passado, essa praga afetou algumas plantações de mandiocas em Irará, causando o desfolhamento da planta. O cultivo da mandioca foi afetado em grande proporção por essa praga em alguns agricultores.
Um dos mais atingidos, foi o agricultor Divaldo Santos Correia, também conhecido por “Vadinho do fumo”, na Fazenda Candeal, zona rural de Irará. A lagarta desfolhou totalmente a sua plantação de mandioca, embora essa praga normalmente ataque plantações jovens, na propriedade do senhor Vadinho a praga atacou mais de duas tarefas já próximo de colheita.
Porém, o senhor “Vadinho” informou a reportagem que apesar do desfolhamento das plantas (manivas), a raiz não sofrerá nenhum tipo de prejuízo, não será afetada.
Segundo especialistas, essa praga se dar com mais intensidade de quatro em quatro anos, quando atinge plantações jovens, pode reduzir o rendimento e/ou ocasionar a morte da plantação de mandioca.
“Vadinho”, afirmou que essa praga pode acontecer em qualquer época do ano, porém, se dar com mais frequência no período chuvoso, que inclusive pode causar maiores prejuízos, haja vista, que normalmente é o período em que as plantas são jovens.
Segundo alguns entendidos no assunto, alguns cuidados devem ser observados para se evitar a praga mandarová no mandiocal, como por exemplo, fazer rotação de cultura com espécies que não sejam da mesma família; eliminar as plantas daninhas da plantação e em suas imediações, principalmente as da família euforbiáceas ou plantar alguma leguminosa junto com a mandioca.
Uma dica para os agricultores, é que em época mais chuvosa visite a lavoura, no mínimo, duas vezes por semana, para verificação da ocorrência da praga, pois se identificada no início o controle será mais fácil. Algumas estratégias são utilizadas para detectar a chegada da praga na lavoura, como observação da presença de mariposas em lâmpadas próximas à lavoura; vistoria na lavoura para detectar a presença de ovos e lagartas pequenas; e instalar iluminação a pelo menos, cinco metros de altura. O mandarová ataca em qualquer época entre os meses de setembro a maio, porém na propriedade do senhor “Vadinho” e outros agricultores em Irará, aconteceu em dezembro de 2022.
A lagarta passa por alguns estágios (cinco) que duram entre 7 e 15 dias, nesse período ela consome em média, 1.107 cm², porém é de fácil controle desde que se faça um monitoramento constante da lavoura para detectar o início do ataque
Fonte: Blog do Tavares