Município de Amélia Rodrigues é acionado para coibir desmatamento ilegal em área de Mata Atlântica

O Município de Amélia Rodrigues foi acionado pelo Ministério Público estadual após inspeções constatarem desmatamento ilegal em área de Mata Atlântica nativa na localidade denominada Pinguela.

Segundo o promotor de Justiça Marcel Bittencourt, o desmatamento ocorreu em terras ocupadas por remanescentes de quilombolas e teve como finalidade o comércio ilícito de madeira.

Na ação, ele solicita à Justiça que obrigue o Município a impedir imediatamente qualquer atividade antrópica degradadora na localidade, que fica na zona rural; a recuperar toda a área degradada e regularizar o passivo ambiental, devendo inscrever o imóvel no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir) no prazo de 60 dias.

O MP pede ainda que a Justiça obrigue o Município a se abster de realizar qualquer tipo de supressão de vegetação nativa.

De acordo com Marcel Bittencourt, relatório de fiscalização ambiental do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) constatou o corte de árvores nativas na comunidade.

Além disso, a Associação dos Remanescentes de Quilombo da Pinguela revelou que algumas pessoas, ainda ignoradas, estavam utilizando motosserras para cortar as árvores e comercializá-las.

Os infratores ambientais teriam cessado o desmatamento após mobilização de integrantes do quilombo. Também na ação, o promotor de Justiça registra que, embora tenham sido praticadas frequentes infrações penais e ambientais na localidade, por pessoas estranhas à comunidade nativa, nenhuma providência foi tomada pelo Município para proteger o meio ambiente e preservar a floresta, a fauna e a flora.

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